Meu mundo sem smartphones: resistência à alienação e à conexão contínua

Vivemos em uma era em que estar desconectado virou sinônimo de excentricidade. A ausência de um smartphone, hoje, é tratada quase como uma anomalia social, um desvio do esperado.

Imagem de casal caminhando em uma praia.
Imagem: pexels.com

No entanto, ao mesmo tempo em que os aparelhos se tornaram praticamente extensões do corpo humano, vejo que, embora timidamente, cresce também o fascínio por aqueles que resistem ao seu uso, como eu. O que antes gerava vergonha ou estranhamento, agora desperta curiosidade, e até inveja.

A crítica ao smartphone não é nova. O que mudou foi a maneira como seus impactos estão se tornando visíveis demais para serem ignorados. A erosão da atenção, a postura encurvada do “scroll infinito”, a desconexão social em ambientes públicos, tudo isso já é parte do nosso cotidiano. A figura do pedestre absorto, que atravessa ruas sem levantar os olhos da tela, é um símbolo moderno da dissociação com o entorno. E não se trata de falta de atenção: é uma atenção deslocada, entregue a um universo paralelo.

A alienação promovida pelos smartphones não se limita ao espaço físico. Ela avança sobre o território afetivo e social. Aplicativos de relacionamento, por exemplo, prometem facilitar conexões, mas muitas vezes apenas mantêm seus usuários presos a ciclos repetitivos de rejeição, idealização e frustração. Em vez de encontros reais, vivemos de “matches” abstratos. Em vez de conversas espontâneas, nos limitamos a interações programadas, com direito a emojis como resposta automática a qualquer emoção.

Nos bares e cafés, é cada vez mais comum ver pessoas sozinhas com seus celulares, esperando alguma coisa acontecer, ou fingindo esperar. Por vezes estão sendo ignoradas por seus pares digitais; por outras, estão simplesmente repetindo um ritual vazio, mas socialmente aceito: sentar-se, pedir um drink, checar as notificações e ir embora. O acaso, que antes era parte essencial dos encontros humanos, está sendo sistematicamente excluído da equação.

Há quem diga que o smartphone tornou as pessoas mais narcisistas. Mas talvez a palavra mais adequada seja solipsistas, como se cada um vivesse em um mundo próprio, onde os demais são meros figurantes. Essa lógica do “eu primeiro, o tempo todo” não se traduz em autoconfiança, mas sim em isolamento. Um isolamento que parece confortável, mas que corrói, silenciosamente, a dimensão coletiva da existência.

Mesmo assim, não se trata de demonizar o aparelho. O smartphone é, acima de tudo, uma ferramenta, e como toda ferramenta, seu valor depende do uso. É possível estudar, trabalhar, criar, comunicar-se de maneira significativa. Mas é inegável que a arquitetura desses dispositivos e dos aplicativos que abrigam é desenhada para prender, para capturar a atenção e, muitas vezes, substituí-la por um simulacro de interação e afeto.

A substituição do mundo real por suas versões digitais está criando uma geração que vive “rolando sozinha”. As interações se tornam mecânicas, os vínculos frágeis, e até mesmo o flerte, essa arte tão humana, foi transferido para plataformas que padronizam o desejo. Ver uma pessoa interessante num café parece menos eficaz do que esperar que ela apareça, magicamente, no aplicativo.

Mais do que um problema de tecnologia, esse é um dilema de comportamento, de escolhas e prioridades. A conectividade constante tem um custo: a erosão das experiências presenciais, da espontaneidade e da atenção compartilhada. E, no fim das contas, a pergunta que fica não é “o que podemos fazer com nossos celulares?”, mas sim: o que estamos deixando de fazer por causa deles?

A vida offline ainda existe, com seus mapas em guardanapos, seus silêncios nos ônibus, sua imprevisibilidade nas ruas. É menos eficiente, mais caótica, mas também mais humana. E talvez seja hora de resgatar um pouco disso, não como nostalgia, mas como resistência.

Post #200: A Era da Hipnocracia

[EDITADO – VER NOTA] Em uma era onde a informação flui livremente — e instantaneamente, é fácil assumir que a batalha pela verdade é a luta definidora do nosso tempo. Frequentemente ouvimos falar em “fake news”, “pós-verdade” e a erosão da realidade objetiva, como se o principal desafio enfrentado pela sociedade fosse simplesmente a distorção dos fatos.

Imagem de um casal com um fundo evocando hipnose.
Imagem: pexels.com

Porém, em seu provocativo livro Hipnocracia, Jianwei Xun apresenta uma perspectiva mais sutil e alarmante sobre como o poder opera hoje. Em vez de se concentrar na supressão da verdade, Xun argumenta que vivemos agora sob um sistema onde o controle é alcançado ao nos sobrecarregar com narrativas, a ponto de perdermos a capacidade de distinguir qualquer uma delas como “a verdade”.


NOTA

Este filósofo de Hong Kong não existe, como revela Sabina Minardi, editora-chefe da revista italiana L’Espresso. A teoria é fruto da imaginação do ensaísta e editor Andrea Colamedici, que assina como tradutor, mas que, na verdade, é coautor do livro, auxiliado por duas plataformas de inteligência artificial, sem qualquer menção a esse fato [conforme exigido pela legislação da UE sobre IA]. Ele justifica a obra como um “experimento filosófico e uma performance artística”.

Eu desconhecia essa infeliz estória. Decidi remover o conteúdo da matéria publicada em 5 de Abril que se referia a conteúdo explícito na obra atribuído ao suposto filósofo de Hong Kong, cuja existência foi comprovada como falsa.

Dois Cenários de Singularidade: Acelerados no Digital ou um Retorno Naturalista?

À medida que a era digital avança, o papel das redes sociais na formação da nossa realidade coletiva se torna cada vez mais evidente.

Esqueleto usando óculos de realidade aumentada.
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Os efeitos da conectividade constante começam a aparecer, e parece que estamos diante de um ponto de inflexão. Dois futuros divergentes parecem cada vez mais prováveis: um futuro dominado por realidades virtuais e inteligência artificial hiperaceleradas ou, por outro lado, uma retirada tecnológica em massa em direção a uma contra-cultura naturalista. Ambos os cenários refletem as forças tecnológicas e culturais que estão rapidamente remodelando o mundo, e vale a pena refletir sobre as implicações de cada um.

O Cenário Aceleracionista Landiano-Stephensiano: Tornando-se Viciados em VR Afinados por AGI

O primeiro cenário é uma extensão da visão aceleracionista defendida por figuras como Nick Land e Raymond Stephens. Ele imagina um futuro onde a tecnologia avança sem restrições, acelerando a humanidade para uma nova forma de existência. Nesse cenário, a maioria da população urbana se tornaria profundamente imersa em realidades aumentadas e virtuais, interagindo principalmente por meio de espaços digitais imersivos.

As redes sociais, em sua forma atual, já criam um senso de desconexão, mas seu potencial futuro pode amplificar essa fragmentação. As dinâmicas sociais que vemos hoje — onde os usuários estão cada vez mais isolados em câmaras de eco, onde identidades virtuais são tão importantes (ou mais) que as físicas — provavelmente se intensificarão. À medida que a tecnologia evolui, a realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) estão prestes a se tornar mais imersivas, talvez até permitindo que os usuários se ajustem completamente a versões personalizadas de inteligência artificial (AGI) dentro de espaços virtuais.

Neste mundo, o físico se torna secundário. Viciados em VR não estão mais fugindo de suas realidades, mas vivendo em existências paralelas e digitalmente aprimoradas. As massas urbanas, já conectadas aos dispositivos digitais, provavelmente experimentarão uma fusão ainda mais pronunciada do virtual e físico. A sobrecarga sensorial do estímulo constante, juntamente com os avanços da IA, pode resultar em uma sociedade onde a realidade não é mais uma experiência compartilhada, mas uma paisagem personalizada e regulada por algoritmos.

Neste futuro potencial, os seres humanos podem parar de buscar engajamento significativo com o mundo físico. Em vez disso, eles escolheriam existir em espaços onde as experiências são moldadas de acordo com suas necessidades e desejos, um espaço governado não pelas limitações da biologia, mas pelas infinitas possibilidades oferecidas pela IA. Nesse mundo, a singularidade não se refere apenas ao surgimento da inteligência das máquinas, mas ao desaparecimento completo da conexão humana física em favor de uma existência inteiramente digital e aumentada.

A Contra-Cultura Naturalista: Retrocedendo o Relógio

Mulher jovem correndo por um campo de flores.
Imagem: pexels.com

Em um contraste marcante, há uma possibilidade crescente de que as pessoas comecem a rejeitar a tecnologia que se enraizou tão profundamente em suas vidas. A saturação dos espaços digitais, a pressão esmagadora de se “performar” online e a desconexão causada pelas redes sociais poderiam catalisar um movimento de contra-cultura naturalista. Essa visão alternativa não se trata apenas da rejeição das tecnologias modernas, mas do retorno a uma existência mais simples e conectada à natureza.

À medida que o controle das redes sociais sobre nossos estados mentais se intensifica, pode surgir uma reação significativa. Afinal, a busca por significado em um mundo dominado pela tecnologia pode ser uma empreitada exaustiva e alienante. Se o futuro aceleracionista é aquele onde mergulhamos mais profundamente em nossos avatares digitais, o movimento contra-cultural nos levaria a dar um passo atrás para um passado analógico — talvez não literalmente, mas em termos de valores e estilo de vida.

Imagine um mundo onde as massas, particularmente no Ocidente urbanizado, se afastam de estilos de vida movidos pela tecnologia. Esse movimento poderia ver as pessoas renunciando ao digital em favor do tátil: jardinagem, trabalhos manuais, movimentos de alimentação lenta, pequenas comunidades e até mesmo desurbanização. A ideia de experienciar a vida diretamente — sem mediação através de telas ou algoritmos — teria um apelo profundo para aqueles que buscam autenticidade e uma conexão genuína com o mundo ao seu redor.

A reação contra a hiperdigitalização provavelmente resultaria em uma renascença cultural, uma tentativa de reconectar-se com a terra e os ritmos naturais da vida que a tecnologia moderna tem obscurecido. Seria uma visão de pessoas escolhendo experiências emocionais e sensoriais em vez do mundo constantemente curado, filtrado e, muitas vezes, desconectado das redes sociais.

Essa contra-cultura naturalista poderia resultar em um retrocesso tecnológico em grande escala — não apenas evitando redes sociais, mas também limitando ou reduzindo outras tecnologias, como automação ou inteligência artificial, em favor de alternativas mais simples e lentas. Essencialmente, as pessoas poderiam escolher retomar uma maneira de viver mais simples, não por coerção, mas como reação a uma existência saturada e hipermediada.

Qual Futuro Escolheremos?

Ambos os futuros representam respostas à trajetória atual da tecnologia e seus efeitos em nossas vidas. O caminho aceleracionista promete o crescimento e a dominação da IA e de ambientes virtuais, nos levando mais fundo em existências imersivas. A contra-cultura naturalista, por outro lado, busca resistir a isso ao retornar a experiências humanas analógicas, uma espécie de rejeição em massa da hiper-tecnologia em favor de estilos de vida mais simples e sustentáveis.

Nas próximas décadas, é possível que vejamos os dois futuros emergirem, seja como movimentos concorrentes, seja como adaptações diferentes em regiões distintas do mundo. Se abraçarmos a singularidade por meio de uma existência mais integrada à tecnologia ou voltarmos para uma rejeição naturalista da cultura digital, isso dependerá de como indivíduos e sociedades reagirão à crescente influência das redes sociais e do mundo digital.

No final das contas, ambos os futuros levantam questões sobre a natureza da humanidade, o equilíbrio entre progresso e tradição, e nossa luta para encontrar significado em um mundo moldado por mudanças tecnológicas sem precedentes.


Em inglês no meu outro blog >> Digesto

Vida Plena Saiu do Grupo

Sabe aquele momento em que você está no grupo do WhatsApp e, de repente, você começa a sentir que ninguém te responde?

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O medo de ser deixado de fora bate, e parece que o mundo inteiro está girando em torno de uma conversa da qual você não faz parte.

Os outros trocando mensagens freneticamente nos inevitáveis sub-grupos que se formam dentro dos grupos, mas nada para você. E de repente, em algum ponto entre o “ei, cara, isso não é nada” e o “eu preciso entender que merda está acontecendo agora!”, surge a sensação de que a sua vida social está desabando. Lúgubre, como se o próprio céu estivesse desabando sobre sua cabeça. Aquele clique de querer entender o que aconteceu, por que não foi incluído, por que não se sentiu chamado a fazer parte, por que, por que…

E se, por alguma razão, a pessoa certa não responder ou não mandar a resposta certa no momento certo, sua brave face começa a derreter. Você se sente como Lúcifer expulso do céu, um ser sem espaço, sem lugar. A mente começa a formular hipóteses e soluções, tentando desesperadamente se encaixar, mesmo que isso signifique perder a compostura.

A verdade? No fundo, parece que conseguimos inventar uma maneira completamente nova de ser infeliz. Ou, quem sabe, de nos conectar a uma maneira muito antiga de ser infeliz: o ciclo doloroso de querer pertencer, mas, ao mesmo tempo, temer ser deixado de fora.

Amizades, ou falta de

A dor de ser excluído é uma das mais humanas que existem, mas também é uma das mais difíceis de se lidar. Como gerenciar o que sentimos quando, por alguma razão, não estamos sendo incluídos naquele grupo de amigos, naquela conversa ou naquele evento? A pergunta que fica é: como podemos evitar que a solidão se transforme em um monstro assustador?

A resposta não é simples, e pode até ser um pouco amarga. Pode ser que você só precise chegar a termos com esse sentimento de criança triste e deixá-lo passar. Nem sempre temos controle sobre os outros, mas podemos aprender a aceitar as nossas próprias reações. Porque, no fim das contas, tudo passa, mesmo que demore.

Soluções?

Pensando nisso, há uma solução simples que talvez ajude: reimaginar as nossas amizades. Já pensou em ver os seus amigos como indivíduos em vez de uma massa ou grupo único? Porque, afinal, os grupos, por mais que sejam fontes de alegria, também têm suas falhas — como deixar alguém para trás. A verdade é que os grupos, por mais que tentem, estão sempre deixando alguém de fora, seja por um segundo ou por um motivo mais profundo. Eles não conseguem evitar. E, na verdade, é isso que torna os grupos, bem, grupos.

Agora, antes que nos percamos nesse turbilhão de pensamentos e sentimentos, talvez seja o momento de dar um passo atrás. E refletir: o que realmente importa na amizade? São os momentos compartilhados, a experiência vivida, os olhares trocados, ou é o sentimento de pertencimento? As respostas estão dentro de nós. E, por mais que a dor da exclusão seja real, ela também é passageira. O segredo está em encontrar a paz no meio disso tudo.

E, se tudo mais falhar, talvez a solução seja simples: ter um celular flip. Um aparelho que não avisa, não notifica e não nos conecta de forma frenética à expectativa do grupo. Afinal, a tranquilidade de não ser escravo da hiperconexão pode ser o primeiro passo para sermos mais felizes e menos dependentes dessa complexa rede social que muitas vezes nos impede de ser quem realmente somos.

Escrevendo este texto para mim mesmo.


Parece que este é o último post do ano. Desejo a todas (as mulheres são maioria) e todos que me honraram — e me alegraram — com sua atenção um Feliz Natal e/ou festas, e um 2025 de paz, realizações e sucesso. Até Janeiro!

Os Fakes de Elon

No final da semana passada, minha página inicial do Youtube foi subitamente inundada por uma onda de “eventos ao vivo”.

Figura de uma mulher ao computador.
Imagem: pexels.com

Conforme eu rolava para baixo, havia pelo menos cinco desses eventos acontecendo simultaneamente, todos com Elon Musk. Sabemos que ele é um cara que entende de tecnologia, mas, a menos que tenha havido um avanço previamente não anunciado na clonagem humana, me pareceu óbvio que nem mesmo ele poderia dar cinco palestras em cinco locais diferentes ao mesmo tempo.

Assistir a um desses vídeos por alguns minutos levantou algumas “bandeiras vermelhas”, já que o avatar de Musk continuava repetindo a mesma coisa várias vezes: “Digitalize o código QR na tela. Deposite Bitcoin ou Etherium. Duplique seu dinheiro.” (Estou parafraseando, mas essa era a essência das mensagens.). E os vídeos pareciam haver sido digitalizados de fitas VHS de 1995.

Como é possível que alguém com capacidade mental além do tronco cerebral possa cair nesses esquemas está completamente além da minha compreensão.

Detectar golpes é uma habilidade. Uma habilidade difícil, que você tem que desenvolver constantemente. Muitos não confiam em si mesmos o suficiente para fazer isso, ou não têm tempo ou não estão dispostos a fazer o esforço. Ou talvez não saibam por onde começar. Eu pessoalmente comecei meu esforço estudando o chamado sequestro emocional. Depois, desenvolvi regulação emocional para superá-lo.

Diariamente, passo um tempo pensando em meus vieses cognitivos, para entendê-los (são esses vieses que impedem as pessoas de ver um golpe sendo armado). Pesquiso falácias lógicas (como expressamos esses vieses cognitivos). Quanto mais eu me dedico, mais fácil é detectar um golpe.

Meu cérebro é plástico, mas nada disso veio naturalmente. Tive que trabalhar duro para desenvolver defesas. Mas se eu posso fazer isso, qualquer um pode. Não sou de forma alguma uma pessoa superinteligente. É triste que esses temas não façam parte do nosso sistema educacional – talvez os donos do mundo prefiram gado irracional a humanos pensantes.

Regular e taxar

A tecnologia de A.I. é impressionante, mas por que alguém confiaria em influenciadores sem fazer qualquer questionamento? Musk, motivo deste post, por mais admirável que seja, provou repetidamente que não é confiável. Nos casos em que seus empreendimentos tiveram sucesso, foi apesar de suas contribuições, e não por causa delas, e sempre que ele assume um papel mais ativo em seus negócios, o empreendimento geralmente sofre (veja por exemplo Tesla). Se vejo Musk endossando qualquer coisa — mesmo um endosso genuíno — imediatamente me torno mais cético em relação ao que ele está endossando.

As empresas de mídia social não só não estão realmente interessadas em bloquear ou remover esses conteúdos (afinal eles geram muito tráfego) como também, a bem da verdade, no momento elas não têm como removê-los, mesmo que quisessem. Os anúncios são exibidos em tempo real a partir de servidores de terceiros. No momento em que uma empresa bloqueia um anúncio fraudulento, ele pode já ter desaparecido, ou reaparecido com alterações suficientes para evitar o bloqueio. Esses são problemas estruturais de origem que precisam de dinheiro para serem enfrentados.

Como a Big Tech se recusa a dedicar quaisquer recursos sérios para controlar fraudes, golpes e roubos baseados na Internet, ela DEVE ser regulamentada e taxada sem piedade pelo governo federal para que os cidadãos sejam protegidos da anarquia e da ganância da Internet. O Facebook e o Google podem se dar ao luxo de gastar algumas centenas de milhões ou um bilhão extra para limpar seu site, seus aplicativos e algoritmos, mas ao invés disso eles preferem lucrar com o caos. Lucros anuais do Facebook nos últimos quatro anos: US$ 30 bilhões. Lucros anuais do Google no mesmo período: US$ 154 bilhões.

Regulamente e taxe a fonte do problema e o problema desaparecerá em grande parte. Mais impostos e mais proteção ao consumidor, e menos capitalismo abutre não regulamentado e subtributado.