Nascido para ser Remoto

Eu tenho trabalhado remotamente por duas décadas. Programador / desenvolvedor / consultor autônomo… Em média, meus clientes trabalham comigo durante 5-10 anos. Alguns deles eu rotineiramente passo par de anos sem ver ao vivo [posso falar porque todos eles sabem que meu suporte remoto é fantástico]. Nos últimos cinco anos, apresentações em escritório, treinamento, discussões, simplesmente não foram do interesse de ninguém. Simplesmente não aconteceu. Portanto, estou muito acostumado com a rotina remota. De fato, estou em meu ambiente natural.

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Ao invés de grandes reuniões, conversas em pé, no corredor, ainda são (ou eram, pelo menos antes da Covid-19) grande parte da minha rotina nas visitas de manutenção e de cortesia que faço (fazia?) aos clientes.

Claro, posso estar trabalhando em um projeto para o departamento de marketing, distanciado, no modo automático, por muitos meses, mas sempre vai haver a necessidade de conversar. E tenho que atender o projeto do ano passado, quando fiz alguma coisa para o departamento de vendas. E do ano retrasado, algo do departamento de expedição. E o departamento de TI, que também mexe com algo que eu fiz…

Então, toda semana, eu ligo para algum lugar: como tá indo? Esse sistema ainda funciona como esperado? Teve problemas esta semana? Como foi aquele curry de beringela que você fez na semana passada? Seus gatos estão soltando muito pelo esta semana? Você entendeu a ideia.

No meu trabalho, as coisas evoluem totalmente não-planejadas e sem script.

As conversas mais lucrativas geralmente vêm do mais junior dos contatos – o que não é surpresa, já que são eles que usam minhas coisas diretamente. A partir dessas conversas, ou eles levam as modificações para seu chefe – e eles parecem ótimos fazendo isso, ou eu tenho a obrigação de intervir presencialmente com a administração superior para dizer que a empresa vai extrair mais produtividade do departamento adicionando esse ou aquele recurso, conforme mostrado ao gerente – e eu pareço ótimo em ter os detalhes do assunto no qual o gerente está encontrando dificuldade.

E sim, em uma empresa-cliente de 50 funcionários, 3 Diretores, 5 Gerentes de departamento e 15 assistentes, mesmo à distância é melhor você saber quem gosta das receitas vegetarianas, quem têm animais de estimação, etc.

A coisa mais importante ao telefone, o que levei muito tempo e coragem para desenvolver, é ter conversas amigáveis, com assuntos fora do trabalho, durante um dia de trabalho muito ocupado (para eles).

Dica rápida: comece a falar de coisas pessoais no final do telefonema, nunca no começo. E quanto mais pesado o assunto, mais cedo ele deve entrar na conversa.

  1. Precisamos falar sobre isso;
  2. Como esse sistema está funcionando para você?
  3. Existe mais algum problema que você queira discutir?
  4. Como estão seus gatinhos?

Funciona para mim. Seus resultados podem variar.

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